Biogeografia dos Barbeiros Rhodniini

Nome: Guilherme Sanches Corrêa do Nascimento
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 08/02/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Gustavo Rocha Leite Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Aloísio Falqueto Examinador Externo
Ana Carolina Loss Rodrigues Suplente Externo
ARTURO BENINCA MARTINELLI Suplente Interno
Gustavo Rocha Leite Orientador
Joyce Rodrigues do Prado Examinador Interno

Resumo: Rhodniini é a segunda tribo mais diversa da subfamília Triatominae, que é composta por insetos transmissores da doença de Chagas, vulgarmente conhecidos como barbeiros. A tribo é um grupo interessante para estudos biogeográficos, sendo distribuída por praticamente todas as áreas climáticas da região neotropical e apresentando relação de limitação de distribuição trans e cis andina dos seus principais grupos. Nesse estudo foram coletados na literatura cientifica e georreferenciados 5640 pontos de ocorrência de 22 espécies e de três grupos monofiléticos criados dentro do complexo críptico Robustus. Esses dados foram aplicados em análises biogeográficas históricas e ecológicas. Na primeira abordagem foi utilizado a panbiogeografia para reconstrução das áreas de diversificação do grupo. A análise de traços foi feita seguindo o método de análise parcimoniosa, feito no ArcgisGIS 10.5 e no TNT 1.5. Interpretando as áreas criadas em conjunto com os dados filogenéticos e datações moleculares publicadas, os resultados recuperaram o sistema Acre, os soerguimentos Andinos e o sistema Pebas como importantes eventos geológicos na história evolutiva do grupo, sendo que a parte superior do último sistema pode ter influenciado a primeira divergência da tribo. No estudo de biogeografia ecológica foram feitos modelos de nicho ecológico de 16 espécies da tribo para o presente e para futuros próximos, levando considerando modelos de mudanças climáticas em cenários mais conservadores e mais alarmantes. Foi utilizado o algoritmo Maxent, 20 variáveis climáticas do Worldclim e o ArcGIS 10.5. A comparação dos modelos do presente e futuro indicou uma perda de adequabilidade climática para maioria das espécies, onde algumas praticamente têm suas áreas de distribuição extinguidas. É possível observar a predição de substituição de regiões adequáveis para algumas espécies, incluindo a troca de populações tipicamente silvestres por triatomíneos com capacidade de domiciliação. De forma geral o trabalho indicou a panbiogeografia como um método capaz de reconstruir as áreas de diversificação do grupo e que as mudanças climáticas geram risco de perda de biodiversidade e risco de saúde pública relacionados a esses triatomíneos.

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910