Diversificação de Roedores do Gênero Phyllomys (Mammalia: Rodentia: Echimyidae) na Mata Atlântica Brasileira

Nome: Ana Carolina Loss Rodrigues
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 22/02/2010
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Yuri Luiz Reis Leite Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
James Lloyd Patton Examinador Externo
Leonora Pires Costa Examinador Interno
Valéria Fagundes Examinador Interno
Yuri Luiz Reis Leite Orientador

Resumo: Os ratos-de-espinho do gênero Phyllomys são roedores arborícolas neotropicais, endêmicos da Mata Atlântica brasileira. Análises moleculares prévias com o gene mitocondrial do citocromo b (citb) resultaram em uma politomia basal das espécies do gênero, indicando rápida diversificação entre elas. A fim de testar a hipótese de rápida diversificação e datar os períodos de especiação, a matriz de dados foi ampliada com a adição de mais indivíduos e marcadores moleculares. Foram sequênciados os genes nucleares da proteína ligante do fotoreceptor retinóide (IRBP, exon 1) e do fator de von Willebrand (vWF, exon 28), e os genes mitocondriais do citb e do citocromo c oxidase I (COI), resultando em uma matriz com 47 sequências de 3.876 pares de base. O vWF foi mais informativo para inferir filogenia interespecífica de Phyllomys do que o IRBP, que é muito conservado nesse nível. A filogenia inferida a partir dos dados concatenados forneceu maior suporte para as relações entre as espécies de Phyllomys do que a de dados mitocondriais ou nucleares individualmente e a adição de genes nucleares e do COI adicionou resolução a politomia basal encontrada previamente com dados do citb. A filogenia resultante indica dois clados basais, um formado por P. pattoni e P. mantiqueirensis e outro formado por quatro linhagens evolutivas distintas: clado sul ((P. sulinus + P. nigrispinus) + P. dasythrix), clado nordeste ((((P. brasiliensis + P. lamarum) + P. blainvilii) + Phyllomys sp. 1)+ Phyllomys sp. 2), Phyllomys sp. 3, P. lundi. Os padrões de distribuição geográfica e a filogenia apontam para diversificação rápida parapátrica das espécies ao longo de gradientes ecológicos, inicialmente altitudinal (9,8 ± 5,7) e posteriormente latitudinal (8,3 ± 5,3 milhões de anos atrás). A descoberta de três potenciais espécies ainda não descritas incita uma reavaliação taxonômica e de distribuição geográfica de algumas espécies do gênero, além da definição de estratégias que favoreçam a conservação desse grupo diverso na Mata Atlântica, um dos biomas mais diversos e ameaçados do planeta.

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