Efeitos das mudanças climáticas na distribuição geográfica de Thamnophilidae endêmicos da Mata Atlântica, baseado em modelagem de nichos ecológicos

Nome: MARIA ALICE SEABRA DE MELLO COSTA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/02/2010
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Sérgio Lucena Mendes Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Leonora Pires Costa Examinador Interno
Marinez Ferreira de Siqueira Examinador Externo
Sérgio Lucena Mendes Orientador
Yuri Luiz Reis Leite Examinador Interno

Resumo: A Terra tem experimentado taxas elevadas de alterações climáticas, dentre as quais se destacam o aquecimento global e concomitantes mudanças ambientais, que podem alterar a distribuição das condições físicas e de habitas e, por conseqüência, a distribuição das espécies. As espécies podem responder de três formas à mudança climática: movimento; adaptação e extirpação. Essas respostas estão relacionadas com sua biologia. Como isso pode afetar o status de conservação de várias espécies há a necessidade de estudos que possam antecipar o padrão e a magnitude dos efeitos da mudança climática na distribuição das espécies. Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi avaliar o provável efeito das mudanças climáticas em 12 espécies de Thamnophilidae endêmicos da Mata Atlântica e identificar quais dessas espécies são mais vulneráveis ao aquecimento global, através da modelagem de nichos ecológicos. Para a produção dos modelos do presente foram utilizados dados do WorldClim e do UGSS. Para os modelos futuros foram utilizados dados provenientes do modelo HadCM3 com dois diferentes cenários de emissões de gases de efeito estufa associados ao aquecimento global , um de baixa emissão ou otimista e outro de alta emissão ou pessimista. Depois de gerados os mapas de distribuição potencial atual e futura as observações sobre as modificações nas áreas previstas como adequadas e a quantificação das mudanças observadas foram realizadas sob duas diferentes hipóteses de dispersão, universal e ausência de dispersão. Foram observadas mudanças substanciais nas áreas de distribuição das espécies, como redução da área de distribuição da maioria das espécies e reorganização dos locais adequados e inadequados para a sobrevivência das mesmas. A diferença entre extensão da previsão de distribuição geográfica atual das espécies e a previsão de suas distribuições em 2050 e 2080 variou de acordo com o cenário de mudança climática, se otimista ou pessimista, e de acordo com a hipótese de dispersão analisada, dispersão universal e ausência de dispersão. Mudanças mais drásticas foram observadas sob o cenário pessimista. Os efeitos também foram mais acentuados sob a hipótese de não dispersão. As espécies montículas tiveram maiores previsão de perda de hábitat que as espécies de baixadas. Propomos a identificação de áreas classificadas como adequadas para a sobrevivência dessas espécies, tanto no presente como no futuro para a avaliação da representatividade das áreas protegidas nessas regiões e se necessária, proposição de áreas prioritárias ou até mesmo de novas áreas protegidas.

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