Conectividade entre populações de peixes recifais ao longo da Cadeia Vitória-Trindade: o papel da dispersão larval

Nome: LUANA BIRCHLER STOCCO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/02/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Jean-Christophe Joyeux Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Jean-Christophe Joyeux Orientador
Marcelo Teixeira Tavares Examinador Interno
Renato David Ghisolfi Examinador Externo

Resumo: Peixes recifais adultos são relativamente sedentários e a fase larval pode permitir a dispersão para
locais distantes. Porém, ainda há incertezas sobre o quanto da produção ictioplanctônica é retida
no local de origem e o quanto é dispersa e como as diferentes populações e espécies variam neste
aspecto. O transporte larval, ditado por respostas biológicas e pelas condições físicas do ambiente,
permite a conectividade entre populações. A Cadeia Vitória-Trindade (CVT) é constituída por seis
montes submarinos pelas ilhas Trindade e Martin Vaz dispostos linear e perpendicularmente à
costa do Espírito Santo e parece atuar como alpondras para peixes recifais. O trabalho objetivou
analisar o fluxo de larvas ao longo da CVT. Foram feitas duas coletas na região e as larvas de
peixes capturadas foram classificadas em recifal, epipelágica ou mesopelágica, de acordo com o
habitat ocupado pelo adulto. Larvas de peixes mesopelágicos foram as mais abundantes e diversas
em todos os locais, exceto sobre o monte submarino mais próximo à costa. Foi observado que a
densidade e a riqueza de larvas de peixes recifais estão associadas a fatores como presença de
locais rasos, distância de fontes externas de propágulos e dinâmica de correntes, tornando difícil o
reconhecimento de algum padrão espacial. Foi realizada a simulação do transporte larval de
peixes recifais no programa Ichthyop 3.2 utilizando um modelo hidrodinâmico ROMS referente à
região entre a costa brasileira e o monte submarino mais distante da costa (i.e. não inclui as ilhas).
A modelização do transporte foi realizada para dois tipos biológicos, com características de ampla
(pelagic larval duration PLD- de 40 a 45 dias) e de baixa (PLD de 30 a 35 dias e presença de
migração vertical) capacidade dispersiva. A simulação mostrou que há fluxo de larvas ao longo da
CVT e regiões adjacentes com a necessidade de etapas intermediárias para o transporte entre os
extremos da cadeia, caracterizando o modelo de alpondras modificado. Os fluxos larvais dos
dois tipos biológicos se mostraram semelhantes. Dessa forma, a dispersão larval tem importante
papel na conectividade de populações de peixes recifais ao longo dos montes submarinos da CVT e
entre eles e a costa.

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