LTER Coastal habitats of Espírito Santo

Summary: Ecossistemas em zonas costeiras possuem única importância econômica e ecológica. Estuários, manguezais e ecossistemas marinhos da plataforma continental interna (e.g. Bancos de Rodolitos) são áreas de forte interesse econômico, com crescentes impactos urbanos, mas concentram grande produtividade biológica e consequentemente atuam como zonas de alimentação, berçário de espécies marinhas e são rotas migratórias para muitas espécies marinhas e terrestres (e.g. Chapman & Wang, 2001). Paradoxalmente, poucos ecossistemas costeiros em regiões tropicais e subtropicais se encontram em situações próximas ao seu estado natural (Edgar et al., 2000; Halpern et al., 2008). Por exemplo, a maior parte dos estuários e outros ecossistemas costeiros são influenciados de algum modo por atividades antrópicas resultantes do rápido crescimento populacional e do desenvolvimento desordenado dessas regiões (Kennish, 2002). Sobre o eminente colapso destes ecossistemas em decorrência de impactos antrópicos urbanos, encontram-se as alterações climáticas já vigentes, principalmente representadas pelo aumento da temperatura média atmosférica, aumento do nível médio do mar, mudanças nos regimes pluviométricos, crescente acidificação marinha e no aumento da ocorrência e intensidade de eventos climáticos extremos (Halpern et al., 2008; IPCC, 2013). Os efeitos climáticos, principalmente aumento de temperatura, são ainda pouco conhecidos devido a ausência de estudos de longo-termo em muitos desses ecossistemas, ou apresentam variada resposta de acordo com o hábitat, biologia e tolerância de organismos e outros processos ecológicos (Poloczanska, et al., 2016). Na zona costeira do Brasil por exemplo, apesar de evidências que apontem aumentos decadais de temperatura atmosférica e modelos que preveem significativos impactos climáticos (Marengo et al., 2010; Bernardino et al., 2015a), não existem estudos sistematizados em ecossistemas costeiros, que incluam relevantes escalas espaço-temporais, para avaliar mudanças em assembléias marinhas (Poloczanska, et al., 2016). Em recente esforço do edital SISBIOTA (CNPq) em associação com a Rede Clima (MCT), foi criada uma Rede de Estudos de Ecossistemas Bentônicos Costeiros (Rede Bentos), que buscou integrar grupos de pesquisa brasileiros para estudos de longo termo sistematizados em zonas costeiras (Turra & Denadai, 2015), dando importante passo em direção á aquisição de dados de longo termo necessários para estudos de impactos climáticos no Brasil.

Starting date: 2017-02-01
Deadline (months): 48

Participants:

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Coordinator * Angelo Fraga Bernardino
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