Padrões de Diversidade, Diferenciação e Hibridação no Gênero Stenella
Nome: DRIENNE MESSA FARIA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 09/07/2018
Orientador:
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Papel |
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ANA PAULA CAZERTA FARRO | Orientador |
Banca:
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Papel |
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ANA LUCIA CYPRIANO DE SOUZA | Examinador Externo |
ANA PAULA CAZERTA FARRO | Orientador |
ANDREIA BARCELOS PASSOS LIMA GONTIJO | Suplente Externo |
FLÁVIO JOSÉ DE LIMA SILVA | Examinador Externo |
HAYDÉE ANDRADE CUNHA | Examinador Externo |
Páginas
Resumo: RESUMO
Stenella é um gênero da família Delphindae composto por cinco espécies de distribuição cricumtropical, com exceção de S. clymene e S. frontalis, endêmicos do Oceano Atlântico. Esse gênero é parafilético, cuja classificação taxonômica e filogénética são consideradas confusas e, possivelmente, refletem a divergência recente (aproximadamente três milhões de anos) entre as suas espécies e eventos de hibridação. Sendo assim, essa tese teve como objetivos testar a hipótese de ocorrência de hibridação entre as espécies do gênero Stenella e avaliar a diversidade e diferenciação genética de uma das espécies, Stenella longirostris. Com a utilização de marcadores moleculares mitocondriais foram demonstrados fortes indícios de hibridação entre as espécies S. clymene e S. coeruleoalba o que reinforça que esse processo pode ser um dos responsáveis pela taxonomia complexa do grupo. Não foram encontrados sinais de mistura entre S. longirostris e as demais espécies, sendo observados clados monofiléticos para essa espécie. Foi demosntrado que indivíduos de S. longirostris do Arquipélago de Fernando de Noronha (associados-a-ilhas) constituem uma população com baixa diversidade genética e alto isolamento genético das demais populações avaliadas. Além dessa população, foi evidenciada a presença de outra população formada por indivíduos amostrados ao longo da costa brasileira (não-associados-a-ilhas). Foi constatada estruturação genética em três populações de S. longirostris ao longo do mundo, uma composta pelos indivíduos do Oceano Pacífico e outra composta por indivíduos do Oceano Atlântico + Oceano Índico, o que demostra que há mistura genética entre populações geograficamente distantes de diferentes bacias oceânica.
Palavras-chave: Delphinidae, introgressão, variabilidade genética, estruturação genética, Stenella longirostris.