Sistemática de Stypiura Kirby e Parastypiura Steffan (Hymenoptera:
Chalcididae)
Nome: Juliana Martins da Silva Freitas
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 30/04/2020
Orientador:
Nome |
Papel |
|---|---|
| Marcelo Teixeira Tavares | Orientador |
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| Anamaria Dal Molin | Examinador Externo |
| Cecília Waichert Monteiro | Examinador Externo |
| Frederico Falcão Salles | Examinador Interno |
| Julia Calhau Almeida | Suplente Externo |
| Marcelo Teixeira Tavares | Orientador |
| Pâmella Machado Saguiah | Suplente Interno |
| Taissa Rodrigues Marques da Silva | Examinador Interno |
Resumo: Stypiura e Parastypiura (Hymenoptera: Chalcididae) são dois gêneros exclusivamente
neotropicais que representam quase a totalidade dos Phasgonophorini nesta região. Esta tribo
tem distribuição mundial e a espécie com biologia conhecida é parasitoide de coleópteros
broqueadores, um hábito pouco comum dentre os Chalcididae. O conhecimento alfa e beta
taxonômico de Stypiura e Parastypiura são a fundamentais para se compreender a diversidade e
a evolução dos Phasgonophorini no Novo Mundo. Apesar dos dois gêneros já terem sido tratados
como clados monofiléticos, esta condição resulta de estudos que apresentam vieses como
subamostragem das espécies que compõem cada grupo e uso de gêneros como sua Unidade
Taxonômica Operacional (OTU). Outra lacuna existente para os gêneros é a defasagem de
conhecimentos alfa taxonômicos. Mesmo com os avanços publicados nas últimas quatro
décadas, muitas espécies ainda necessitam descrição e, das espécies descritas, várias só podem
ser reconhecidas com base na análise de seus tipos. Assim, o objetivo deste trabalho foi revisar a
alfa e beta taxonomia dos gêneros Stypiura e Parastypiura. No Capítulo 1 apresentamos uma
avaliação cladística das espécies dos dois gêneros e suas relações com os demais
Phasgonophorini. As análises foram baseadas em 104 caracteres morfológicos, 69 dos quais
inéditos. As buscas pelas árvores mais parcimoniosas foram processadas no programa TNT e
todas as análises foram conduzidas com pesagem implícita, através de busca tradicional e sob
Novas Tecnologias. Para avaliar o suporte dos ramos na análise, foi utilizado o método de
reamostragem simétrica. A otimização dos caracteres, bem como a análise das árvores, foi feita
através do Winclada. Phasgonophorini foi recuperada como monofilética com altos valores de
suporte. As espécies de Stypiura e de Parastypiura também foram recuperadas como um grupo
monofilético em todas as análises e com bons valores de suporte. As espécies de Parastypiura
foram recuperadas em um clado com altos valores de suporte, mas tornando Stypiura
parafilético. Assim, propomos Parastypiura como sinônimo júnior de Stypiura. No Capítulo 2
apresentamos um estudo alfataxonômico de Stypiura (= Parastypiura + Stypiura). Dos 514
exemplares examinados, de diversas sub-regiões da Neotropical, foram identificadas 10 espécies
descritas e 49 espécies novas para a ciência. Descrições (ou redescrições) e ilustrações são
apresentadas para todas estas espécies, assim como uma chave de identificação. Como ajustes
taxonômicos, propomos a sinonimia de S. basalis (Walker) sob S. condalus (Walker) e
designamos o lectótipo de S batesii (Kirby, 1883), e o lectótipo e paralectótipo de S.
pulchripennis (Ashmead, 1904). Com este trabalho, o número de espécies descritas de Stypiura
passa de 10 para 59, ampliando em 5x a rriqueza de espécies do gênero.
Palavras-chaves: Chalcidinae, Phasgonophorini, Filogenia, Taxonomia.
