Sistemática filogenética de Epyrinae (Hymenoptera, Bethylidae)

Nome: Wesley Dondoni Colombo
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 17/05/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Cecília Waichert Monteiro Co-orientador
Celso Oliveira Azevedo Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Ana Carolina Loss Rodrigues Suplente Interno
Cecília Waichert Monteiro Coorientador
Celso Oliveira Azevedo Orientador
Dalton de Souza Amorim Examinador Externo
FERNANDA TONINI GOBBI Suplente Externo
ISABEL DE CONTE CARVALHO DE ALENCAR Examinador Externo
Orlando Tobias Silveira Examinador Externo
Taissa Rodrigues Marques da Silva Examinador Interno

Resumo: Epyrinae são a segunda subfamília mais diversa de Bethylidae, com aproximadamente 950
espécies conhecidas e possuem 13 gêneros válidos, dos quais 12 são viventes: Anisepyris
Kieffer; Aspidepyris Evans; Bakeriella Kieffer; Calyozina Enderlein; Chlorepyris Kieffer;
Disepyris Kieffer; Epyris Westwood; Formosiepyris Terayama; Holepyris Kieffer; Laelius
Ashmead; Trachepyris Kieffer e Xenepyris Kieffer; e um é extinto: †Elektroepyris. Os
Epyrinae tiveram uma história taxonômica complexa e apenas na última década foram
recuperados como monofiléticos. Devido à dificuldade em delimitar os Epyrinae, muitos
táxons genéricos foram consequentemente classificados inadequadamente. Estudos que
revisem o conceito dos gêneros de Epyrinae são necessários e urgentes, mas têm sido
negligenciados devido à dificuldade de interpretação da diversidade morfoestrutural do
grupo. Neste sentido, surgem os dados moleculares que tem auxiliado a elucidar os
impasses morfoestruturais. Nesta tese, a diversidade dos Epyrinae foi explorada tanto
alfataxonomicamente, quanto filogeneticamente, por meio de dados moleculares e
morfológicos, através da reconstrução de árvores filogenéticas, sob os diferentes critérios
de otimização (Máxima Parcimônia, Inferência Bayesiana e Máxima Verossimilhança).
Adicionalmente, a paleodiversidade da subfamília foi revisada e ao final desta proposta, os
Epyrinae foram organizados e redefinidos e a evolução de suas linhagens discutida. Esta
tese é composta por quatro capítulos, sendo que os três primeiros objetivaram explorar e
listar os padrões morfológicos e moleculares dos Epyrinae, fornecendo dados e
informações para o último capítulo, que objetivou testar o monofiletismo dos gêneros de
Epyrinae. No Capítulo 1, é apresentada uma revisão alfataxonômica dos Epyrinae da Papua
Nova Guiné, visando explorar e listar os padrões morfológicos e preencher lacunas do
conhecimento taxonômico do Velho Mundo. Foram reconhecidas, tanto morfologicamente
quanto molecularmente 39 espécies, das quais 36 são novas e descritas. No Capítulo 2, o
gênero extinto †Elektroepyris foi revisado e cladisticamente posicionado. Foram
codificados 69 caracteres morfológicos, por meio da Máxima Parcimônia e representantes
de todas as subfamílias de Bethylidae, viventes ou extintos, foram inseridos na análise.
†Elektroepyris foi recuperado como uma linhagem independente de todas as outras
subfamílias de Bethylidae e por isto, uma nova subfamília, †Elektroepyrinae, foi descrita,
baseada em uma autapomorfia nomeada asa anterior com a terceira abscissa da nervura Cu.
No Capítulo 3, a paleodiversidade dos Epyrinae foi revisada alfataxonomicamente. Trinta
espécies extintas de Epyrinae foram reconhecidas, distribuídas em seis gêneros
(Anisepyris, Chlorepyris, Epyris, †Gloxinius, Holepyris e Laelius). Um novo gênero,
†Gloxinius, foi proposto para a subfamília, para alocar †G. bifossatus e duas espécies
foram transferidas de Epyris para Chlorepyris. Três espécies foram transferidas de Epyris
para Pristocerinae: †Merascylla é proposto para alocar a espécie †M. atavellus, e outras
duas espécies são transferidos para Pseudisobrachium. Uma espécie é transferida de Epyris
para Scleroderminae: †Mael é proposto para alocar a espécie †M. longiceps. A espécie
†Laelius nudipennis não é um betilídeo e foi transferida para Platygastroidea incertae
sedis. No Capítulo 4, foi realizada uma análise de Inferência Bayesiana para reconstruir
uma topologia de Evidência Total a partir de uma matriz com 195 táxons terminais e 3599
caracteres, sendo 232 caracteres morfológicos e os genes 16S, 18S, 28S, COI e Cytb. Este
é o primeiro estudo filogenético que examinou todos os 42 nomes genéricos de Epyrinae,
incluindo sinônimos juniores e táxons extintos. Os resultados recuperaram Anisepyris,
Bakeriella, Calyozina, Chlorepyris, Disepyris, Laelius, e Trachepyris como monofiléticos
e Formosiepyris, Epyris, e Holepyris como polifiléticos. Dois novos gêneros são
propostos, GenusA será proposto como gen. nov. e GenusB será proposto como gen. nov.,
e seis gêneros foram revalidados, sendo cinco sinônimos juniores de Epyris e um de
Holepyris: Calyoza será proposto como stat. rev., Dolus será proposto como stat. rev.,
Muellerella será proposto como stat. rev., Psilepyris será proposto como stat. rev.,
Rysepyris será proposto como stat. rev. e Trissepyris será proposto como stat. rev. Além
disto, todas as 962 espécies de Epyrinae foram revisadas via observação direta do holótipo,
ilustrações ou literatura e foram distribuídas ao longo de 17 gêneros: Anisepyris,
Aspidepyris, Bakeriella, Calyoza será proposto como stat. rev., Calyozina, Chlorepyris,
Dolus será proposto como stat. rev., Epyris, GenusA será proposto como gen. nov.,
GenusB será proposto como gen. nov., †Gloxinius, Holepyris, Laelius, Muellerella será
proposto como stat. rev., Psilepyris será proposto como stat. rev., Rysepyris será proposto
como stat. rev. e Trissepyris será proposto como stat. rev.

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