Impacto das mudanças climáticas em pequenos mamíferos de dois hotspots de biodiversidade
Nome: Bruno Henrique de Castro Evaldt
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 31/08/2021
Orientador:
Nome | Papel |
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Yuri Luiz Reis Leite | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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Ana Carolina Capellini Rigoni | Coorientador |
Marinez Ferreira de Siqueira | Examinador Externo |
Carlos Eduardo de Viveiros Grelle | Examinador Externo |
Yuri Luiz Reis Leite | Orientador |
Resumo: O termo mudanças climáticas se refere às mudanças sem precedentes no
padrão climático em escalas globais e regionais em um curto período devido às
atividades humanas. Uma das consequências esperadas desse fenômeno é a
alteração na distribuição das espécies em todo o globo. Nosso objetivo foi analisar como as mudanças climáticas impactam a distribuição das espécies e como as características das espécies podem servir de parâmetro para o grau de impacto. Para isso, usamos o algoritmo de entropia máxima (Maxent) para modelar a distribuição no cenário presente e em quatro cenários futuros para 40 espécies de pequenos mamíferos não-voadores dos biomas Mata Atlântica e Cerrado. Encontramos que todos os cenários futuros têm uma diferença significativa em relação ao presente, com as espécies gradualmente perdendo mais área dependendo do cenário, desde o cenário mais otimista (RCP 2.6) até o mais pessimista (RCP 8.5). Espécies do Cerrado terão maior redução de área do que espécies da Mata Atlântica, e consequentemente, o Cerrado terá proporcionalmente mais espécies ameaçadas do que a Mata Atlântica. As espécies que ocorrem em ambos os biomas perderão proporcionalmente menos área do que as endêmicas do Cerrado, mas mais área do que as endêmicas da Mata Atlântica. A elevação média aumentará em todos os cenários analisados e as espécies que ocupam altitudes mais elevadas hoje perderão mais área no futuro. Não encontramos nenhuma relação entre a amplitude de nicho ou massa corporal e vulnerabilidade às mudanças climáticas, ou diferenças entre clados ou modos de locomoção. Assim, as
espécies de pequenos mamíferos serão impactadas negativamente pelas mudanças climáticas, mas o grau do impacto depende da trajetória das concentrações de gases de efeito estufa. As características intrínsecas das espécies parecem ser menos importantes para prever a vulnerabilidade às mudanças climáticas do que as características extrínsecas, como onde ocorrem, tanto geograficamente quanto em termos de altitude.
Palavras-chave: modelagem de nicho ecológico; Rodentia, Didelphimorphia;
conservação