Impactos por PCBs em Orcinus orca: um problema mundial.

Nome: Thiago Barros de Amorim
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 04/04/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Agnaldo Silva Martins Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Agnaldo Silva Martins Orientador
Fabian Sá Examinador Externo
Sarah Maria Vargas Suplente Interno
Sara Joana Pereira Pedro Examinador Externo

Resumo: Os PCBs ± Bifenilos Policlorados ou ascarel são compostos orgânicos clorados que foram sintetizados inicialmente no início do século XIX, porém sua produção industrial teve início nos anos 20 e não existem fontes naturais de PCBs. Os PCBs também são poluentes orgânicos persistentes (POPs), que se caracterizam por serem altamente tóxicos, por permanecerem no ambiente por muito tempo e por serem bioacumulativos e biomagnificados. A quantificação de PCBs vem sendo realizada em animais de todo o globo, principalmente em orca - Orcinus orca (Linnaeus, 1758). A O. orca existe em todos os oceanos e é uma espécie de grande longevidade. Sua dieta é um importante fator que influencia diretamente nas concentrações de PCBs. Utilizou-se a O. orca
como bioindicador para a inferência acerca da influência dos fatores locais ou globais na concentração do PCB, assim como verificar se os padrões de dieta interferem na quantidade de PCBs acumulados na gordura subcutânea. O estudo aqui descrito é uma meta-análise baseada em resultados de estudos anteriores e a metodologia de busca foi em bancos de dados de artigos na internet e se baseou em 8 estudos. Foram coletados 75 espécimes de Orcinus orca oriundas dos EUA, Canadá, Inglaterra, Escócia, Irlanda, Dinamarca, Groenlândia e Espanha, Japão e Antártida. Foram utilizados nas análises comparativas 18 indivíduos comedoras de mamíferos do hemisfério norte, 35 dados de piscívoras do hemisfério norte e 22 piscívoras da Antártida. Os indivíduos comedores de mamíferos apresentaram as maiores médias de PCBs 187,42 mg/kg, seguidas das Piscívoras do hemisfério norte com 39,62 mg/kg
e menores médias nos indivíduos Piscívoras da Antártida com 31,35 mg/kg. Os
indivíduos apresentaram distribuição significativa quando comparados por nMDS para o parâmetro dieta. Houve diferença significativa entre os teores das orcas comedoras de mamíferos do hemisfério norte, das piscívoras do hemisfério norte e piscívoras da Antártida. Os valores de PCBs nas orcas comedoras de mamíferos do hemisfério norte e piscívoras do hemisfério norte tenderam a cair depois de meados do ano 2000, mostrando que houve uma resposta depois que entrou em vigor em 2004 a Convenção de Estocolmo. O PCB nos organismos apresentou uma distribuição regional, sendo a dieta um fator relevante nesta distribuição.
PALAVRAS-CHAVE
Orcinus orca, PCB, bioindicador, dieta, ecótipos

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