THE NECK OF FLYING ARCHOSAURS (AMNIOTA, REPTILIA): DESCRIPTION, RECONSTRUCTION AND BIOMECHANICS

Nome: Richard Santos Buchmann de Oliveira
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 29/11/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Taissa Rodrigues Marques da Silva Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Alexandre Liparini Campos Examinador Externo
Fabiana Rodrigues Costa Nunes Examinador Externo
Felipe Chinaglia Montefeltro Examinador Externo
Felipe Lima Pinheiro Examinador Externo
Gabriel de Souza Ferreira Suplente Externo
Roberta Paresque Suplente Interno
Taissa Rodrigues Marques da Silva Orientador

Resumo: Pterossauros e aves são arcossauros alados que se originaram no Mesozóico. O
voo permitiu que representantes de ambos os clados explorassem nichos anteriormente
vagos, e a diferenciação dos membros anteriores em asas tornou o pescoço desses animais
um membro ativo e funcional usado durante o forrageamento. Atualmente, as aves se
diversificaram e possuem pescoços de comprimentos variados, adaptados a diferentes
hábitos de vida. No entanto, a falta de descendentes existentes de pterossauros cria
lacunas no conhecimento sobre a biologia desse grupo, incluindo sua anatomia cervical e
biomecânica. Aqui, identificamos e descrevemos a disposição vertebral e a influência dos
tecidos moles cervicais na posição do pescoço em repouso de aves viventes. Em seguida,
aplicamos esses dados para estabelecer e inferir a posição do pescoço em repouso,
reconstruir os tecidos moles cervicais e quantificar os prováveis movimentos realizados
pela musculatura do pescoço dos pterossauros. Para tanto, dissecamos os pescoços de
espécimes representando dezesseis espécies de aves viventes e utilizamos tomografias
computadorizadas da série cervical dos pterossauros Anhanguera piscator, Azhdarcho
lancicollis e Rhamphorhynchus muensteri com preservação tridimensional do maior
número de elementos vertebrais. Inferimos as forças dos músculos cervicais de
pterossauros multiplicando a espessura do ponto mais largo do músculo e seu valor de
tensão. Descobrimos que a espessura da cartilagem intervertebral de aves viventes varia
ao longo do pescoço e que a excluir pode distorcer as reconstruções do pescoço de animais
extintos. Também reconhecemos dezesseis músculos associados ao pescoço de aves
viventes. As vértebras de arcossauros viventes e pterossauros mostraram convergências
evolutivas que nos permitiram reconstruir cartilagens sinoviais nas articulações e
ligamentos neste último. De acordo com a angulação das vértebras cervicais, o pescoço
dos pterossauros provavelmente tinha uma forma levemente sinuosa quando em posição
de repouso. Além disso, inferimos treze músculos cervicais em pterossauros. Concluímos
que em pterossauros a musculatura responsável pelos movimentos dorsoventrais do
crânio e pescoço era provavelmente mais robusta e forte, como nas aves viventes, e que
os músculos menos robustos estavam associados à estabilização do pescoço ou à
realização de força adicional para os movimentos cervicais.

Palavras-chave: Vértebras cervicais, Pterosauria, Aves, Aequorlitornithes, Músculos
cervicais, Ligamentos cervicais.

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