QUEM DITA A REGRA: ALLEN, BERGMANN OU GLOGER?

Nome: THAMILA BARCELLOS LEMES

Data de publicação: 17/12/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALBERT DAVID DITCHFIELD Examinador Interno
ANA PAULA CARMIGNOTTO Examinador Externo
ELISANDRA DE ALMEIDA CHIQUITO Examinador Externo
JERONYMO DALAPICOLLA Examinador Externo
YURI LUIZ REIS LEITE Presidente

Resumo: Regras biogeográficas são generalizações advindas de observações de um conjunto de organismos que são amplamente estendíveis a diversos outros táxons, visando proporcionar explicações sobre os padrões observados. Dentre as principais regras
biogeográficas, destacamos as de Allen, Bergmann e Gloger, que embora sejam bem estabelecidas, possuem fraco suporte empírico. Ao investigarmos se as condições estipuladas pelo modelo proposto se cumprem, podemos desvendar fatores que influenciam na adaptação dos táxons aos ambientes e a evolução de suas características fenotípicas. Com o intuito de avaliar a adequabilidade destas regras em mamíferos neotropicais, utilizamos três espécies: a catita Gracilinanus agilis, o coelho Sylvilagus minensis e a raposa Cerdocyon thous. Nós verificamos se há relação entre o tamanho dos apêndices, tamanho corporal e a claridade da pelagem destas espécies com índices de temperatura de bulbo úmido e também com a interação entre a temperatura e umidade relativa. Os espécimes analisados foram provenientes de diversas coleções biológicas brasileiras, assegurando uma amostragem representativa latitudinalmente, além de diferentes regiões e biomas. As medidas morfológicas foram provenientes dos dados de etiqueta, enquanto para quantificação da cor da pelagem, utilizamos um espectrofotômetro portátil de esfera e a medição foi feita no espaço de cor CIELAB. Testes preliminares foram realizados para verificar possíveis influências do sexo e do tempo de coleta na claridade da cor da pelagem. Utilizamos modelos lineares generalizados entre as variáveis morfológicas e as ambientais para validação das regras, além de outros fatores ambientais e geográficos, não descritos nos enunciados das regras. Apenas C. thous seguiu a regra Bergmann, enquanto as regras de Allen e Gloger não tiveram suporte por nenhum dos táxons. Esperamos contribuir para o entendimento dos mecanismos subjacentes às regras biogeográficas e sua relevância em diferentes contextos ecológicos, além de apresentar uma metodologia quantitativa para medição da coloração em mamíferos, permitindo definições menos subjetivas, necessárias para a reprodutibilidade e realização de estudos comparativos.

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