IDADE E CRESCIMENTO DA RAIA-ELÉTRICA-CEGA, Benthobatis kreffti, ENDÊMICA DO ATLÂNTICO SUDOESTE
Nome: GUSTAVO BRANDÃO GARCIA
Data de publicação: 27/02/2025
Banca:
Nome |
Papel |
|---|---|
| GETULIO RINCON FILHO | Examinador Externo |
| JONES SANTANDER NETO | Presidente |
| NATALIA PRISCILA ALVES BEZERRA | Examinador Interno |
Resumo: O presente estudo investigou a idade e o crescimento da raia-elétrica-cega, Benthobatis kreffti, espécie endêmica do Atlântico Sudoeste. Para isso, foram analisadas vértebras de exemplares coletados entre 490 e 530 m de profundidade na plataforma continental do estado de São Paulo coletados nos meses de julho e agosto de 2003. A idade foi estimada pela contagem de bandas de crescimento nas vértebras. Foram lidas 197 vértebras, sendo 116 de fêmeas (125 mm a 263 mm de CT e 11,95 g a 146 g de peso) e 81 de machos (96 mm e 256 mm de CT e 17,76 g a 134,19 g de peso). Três modelos de crescimento foram testados (Von Bertalanffy, Gompertz e Logístico), sendo o modelo Logístico o mais adequado, conforme o Critério de Informação de Akaike (AIC). Para efeitos de comparação, o modelo von Bertalanffy foi utilizado para fornecer subsídios semelhantes a outros estudos. Os parâmetros estimados para as fêmeas foram L = 335 mm CT, k = 0,15 ano-1 e t0 = -2,49 anos e para os machos L = 291 mm CT, k = 0,25 ano-1 e t0 = -1,79 anos. O índice de porcentagem de erro médio (IAPE) estimado foi de 5,05%. A idade máxima observada foi de 6 anos para fêmeas e 5 anos para machos, com maturação sexual estimada em 2,25 anos para fêmeas e 1,05 anos para machos. Os resultados indicam que B. kreffti apresenta um crescimento relativamente rápido em comparação com outras raias de profundidade. Esses dados são fundamentais para compreender a ecologia da espécie e fornecer subsídios para estratégias de conservação e manejo sustentável.
