Avaliação do Manejo de Desovas da Careba Amarela Caretta Caretta (linneus, 1758) Testudines, Chelonidae, em Pontal do Ipiranga, Linhares, ES.
Nome: ANTONIO DE PÁDUA LEITE SERRA DE ALMEIDA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/03/2002
Banca:
Nome | Papel |
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Celso Oliveira Azevedo | Examinador Interno |
Sérgio Lucena Mendes | Orientador |
Tânia Mara Simões do Carmo | Examinador Externo |
Resumo: Foi avaliado o manejo de desovas da careba-amarela, Caretta caretta, na base do Projeto TAMAR em Pontal do Ipiranga, no período de 1988 a 1998. Estimativas premilinares sugerem a presença anual de cerca de 40 fêmeas desovando nas praias da região. Foram registrados 131 desovas por ano, em média. A comparação do número de ovos das desovas transferidas por técnicos e moradores locais (carebeiros) mostrou que os ninhos transferidos pelos técnicos apresentam mais ovos. A comparação entre o número de ovos das desovas transferidas pelos carebeiros e os ninhos mantidos in situ não mostrou diferenças significativas. O sucesso de eclosão das desovas mantidas in situ foi significativamente maior em comparação com as desovas transferidas para outro local na praia ou pra o cercado de incubação. As desovas transferidas exclusivamente pelos técnicos apresentaram um maior sucesso de eclosão do que as que contaram com a participação, parcial ou total, dos carebeiros. O tempo de transferência das desovas coletadas pelos carebeiros e repassadas aos técnicos influenciou negativamente o sucesso da eclosão. Os poucos registros de fêmeas marcadas que foram flagradas em ocasiões posteriores mostrou a existência de deslocamentos ao longo de toda a Planície Costeira do Rio Doce, numa mesma temporada e em temporadas diferentes. São propostas, como ações destinadas a aumentar a eficiência do manejo, a intensificação das atividades educativas junto aos carebeiros e demais moradores locais e o registro de dados mais precisos sobre o esforço de monitoramento e transferência de desovas. A manutenção das desovas in situ, com condições adequadas para o monitoramento, é recomendada, embora a transferência de desovas pelos técnicos, independentemente do intervalo decorrido após a postura, seja uma alternativa viável para a conservação das tartarugas marinhas na região.