Suscetibilidade à Extinção em Aves da Mata Atlântica
Nome: VALDEMIR PEREIRA DE SOUSA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 15/07/2011
Orientador:
Nome | Papel |
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Sérgio Lucena Mendes | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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Albert David Ditchfield | Examinador Interno |
Alexandre Pires Aguiar | Suplente Interno |
Elcio Cassimiro Alves | Examinador Externo |
Francisco Candido Cardoso Barreto | Examinador Interno |
Leandro Juen | Suplente Externo |
Sérgio Lucena Mendes | Orientador |
Resumo: A Mata Atlântica é uma dos 34 hotspots da biodiversidade mundial. O Brasil lidera o número de espécies de aves ameaçadas de extinção com 123 espécies, das quais 76 (61,8%) estão na Mata Atlântica. As evidências empíricas sugerem que algumas espécies são extremamente vulneráveis por possuírem uma combinação de características que acentuam o risco a extinção. O presente estudo analisou a influência de um grupo de características da história natural das espécies (sensibilidade a distúrbios, abundância relativa, número de habitats explorados, zona de altitude preferencial, altitudes mínimas e máximas exploradas, massa corporal e extensão da distribuição geográfica) sobre a suscetibilidade à extinção em Aves da Mata Atlântica, levando em consideração os efeitos da filogenia. O método filogenético comparativo empregado foi a Regressão por Autovetores Filogenéticos (Phylogenetic Eigenvector Regression, PVR). As análises resultaram em um modelo que combinou três características (abundância relativa, número de habitats explorados e altitude máxima) como melhores preditores do risco de extinção. Os resultados obtidos sugerem que aves caracteristicamente raras, que são limitadas a menores altitudes e que são mais especialistas quanto ao habitat explorado tendem a ser mais suscetíveis às ameaças que conduzem à extinção. As demais variáveis testadas não apresentam relação significativa com o risco de extinção para o grupo de dados estudados. Estudos sobre os padrões de extinção são importantes para subsidiar tomadas de decisão em planejamentos estratégicos para a conservação das espécies.