Padrão de atividade e segregação temporal entre mamíferos de médio e grande porte na Mata Atlântica

Nome: Joana Zorzal Nodari
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/03/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Sérgio Lucena Mendes Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Adriano Pereira Paglia Examinador Externo
Albert David Ditchfield Examinador Interno
Sérgio Lucena Mendes Orientador

Resumo: Os organismos de uma comunidade diferem quanto ao seu nicho trófico, espacial ou temporal para coexistirem. A descrição do padrão de atividade é fundamental para compreensão do nicho temporal e nos auxilia no entendimento dos mecanismos que regulam a coexistência de espécies. Dessa forma, o presente estudo determinou o padrão de atividade (hora de atividade e sazonalidade) dos mamíferos de médio e grande porte e as estratégias de segregação temporal em um remanescente de Mata Atlântica de Tabuleiro. Para isso, foram utilizados registros obtidos de armadilhas fotográficas que operaram em diferentes períodos amostrais, entre 2005 e 2010. As 24 horas do dia foram divididas em intervalos de uma hora e o resultado do período de atividade foi representado em diagrama de rosas. Para compreender a variação da sazonalidade no número de registro e no período de atividade de cada espécie, foram realizados o teste Qui-quadrado e de Mardia-Whatson-Wheeler, respectivamente. Para avaliar a segregação temporal, os dez táxons de mamíferos foram dividos de acordo com quatro guildas tróficas: herbívoros de médio porte, herbívoros de grande porte, onívoros e carnívoros, e posteriormente foram comparados com o teste de Mardia-Whatson-Wheeler. Os períodos de atividade de todos os mamíferos foram similares ao de outros estudos, demonstrando ser uma característica espécie-especifica. Houveram mudanças sazonais no período de atividade de algumas espécies, como por exemplo para a paca e a anta. Três guildas tróficas apresentaram segregação temporal e, apenas a guilda dos carnívoros apresentou sobreposição temporal entre seus representantes, sendo, provavelmente, o consumo de presas de tamanhos diferentes o mecanismo que regula a coexistência desses felinos. O estudo do padrão de atividade é importante, pois fornece informações sobre a história natural e o nicho temporal das espécies e subsidia a compreensão das interações entre táxons que competem pelos mesmos recursos e entre presas e predadores. Além disso, auxilia na formulação de ações de conservação ligadas às ações antrópicas como a presença de caça ilegal, cachorros domésticos e estradas.

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