Genética da Conservação de tartarugas marinhas

Resumo: O “Projeto TAMAR-ICMBio” tem 35 anos de atuação no Brasil e é reconhecido como uma das mais bem sucedidas experiências de conservação de espécies marinhas no país. Desde a sua criação, em janeiro de 1980, desenvolve continuamente atividades de pesquisa, proteção e manejo, visando aprimorar técnicas que possam contribuir para a preservação das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção: tartaruga de pente (Eretmochelys imbricata), cabeçuda (Caretta caretta), verde (Chelonia mydas), oliva (Lepidochelys olivacea) e de couro (Dermochelys coriacea). Através de programas de geração de emprego e renda nas comunidades onde atua, conseguiu efetivamente restabelecer o ciclo das tartarugas marinhas nas principais áreas de desova e algumas importantes áreas de alimentação.
Inicialmente, a sistemática das tartarugas marinhas foi baseada principalmente em fósseis (Zanger et al, 1980), mas, recentemente, técnicas moleculares têm sido utilizadas na tentativa de resolver estas incertezas filogenéticas (Dutton et al, 1996, Naro-Maciel et al, 2008). Dados recentes, utilizando marcadores nucleares e mitocondriais, sugerem que Chelinini separou de Caretinini há aproximadamente 63 milhões de anos, e que E. imbricata separou do clado de C. caretta e Lepidochelys sp há 29 milhões de anos (Naro-Maciel et al, 2008).
Ferramentas poderosas para produzir dados de diversidade genética em tartarugas marinhas têm identificado padrões complexos de filogeografia (Bowen et al, 2005, Lara-Ruiz et al, 2006), mostrando comportamentos de “natal homing” (volta à praia de origem para desovar) para as fêmeas (FitzSimmons et al, 1997; Bowen et al, 2005), mas poucos estudos têm sido feitos com populações brasileiras de todas as espécies de tartarugas marinhas.
Atualmente, para a identificação de locais de origem de animais capturados incidentalmente e de desova, os estudos genéticos de populações de tartarugas marinhas são, inicialmente, feitos com sequências de DNA mitocondrial (DNAmt) em uma escala global, apesar de outras análises com marcadores autossômicos se mostrarem promissoras (Aggarwal et al, 2004).

Data de início: 2016-04-28
Prazo (meses): 72

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Aluno Mestrado Laís Amorim Ferreira
Coordenador Sarah Maria Vargas
Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910